Pessimismo razoável em prioridade

O mercado de ações cai antes de Jackson Hole

#NIKK225

Zona-chave: 42,400 - 43,400

Compra: 43,200 (após uma quebra sólida de 43.000); alvo 45,000; StopLoss 42,700

Venda: 42,000 (numa base negativa forte); alvo 40,500; StopLoss 42,500

Os mercados operam com cautela e, embora os índices S&P 500 e Nasdaq 100 praticamente não tenham mudado, o sentimento mais amplo foi contido por lucros corporativos mistos e expectativas de um possível corte de juros em setembro. O Dow Jones tenta se corrigir, enquanto os demais índices tentam se manter nas zonas de suporte.

As ações europeias mostraram um crescimento modesto: o índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,3%, o DAX alemão avançou 0,2% e o CAC 40 francês ganhou 0,6% — com um otimismo contido em torno do conflito na Ucrânia. A dinâmica mais ativa veio do FTSE 100 (+0,24%), mas não há fatores britânicos próprios para justificar esse avanço, então esperamos uma correção.

Na Ásia, o sentimento é mais negativo.

O Nikkei 225, após alcançar recordes na semana passada, caiu 1,5% em meio à fraqueza do setor de tecnologia e queda nas exportações. O índice mais amplo Topix caiu 0,57%, com perdas concentradas em ações de tecnologia após uma forte venda de fabricantes de chips.

A fraqueza sincronizada dos índices e os dados da balança comercial destacaram mais uma vez a dependência do Japão dos ciclos globais de demanda por semicondutores — um fator que se tornou central para o desempenho de curto prazo do mercado. Em julho, as exportações japonesas caíram 2,6% em relação ao ano anterior, a maior queda em mais de quatro anos. A razão foi a queda da demanda nos EUA, já que as novas tarifas de Trump reduziram drasticamente os fluxos comerciais. As importações caíram 7,5%, em comparação com a previsão de -10,4%, mas ainda assim marcaram a quarta queda neste ano.

Assim, a almofada financeira para o iene está encolhendo. A capacidade do Nikkei 225 de defender sua faixa de suporte determinará se o rali será retomado ou se se transformará em uma correção mais profunda.

Os investidores estão de olho no próximo discurso de Powell, que deverá ser o último em Jackson Hole como presidente do Fed. É provável que Powell fale sobre a independência do regulador monetário dos EUA e prepare os mercados para um possível corte de 0,25% em setembro.

Os sinais econômicos permanecem mistos, e a dinâmica das ações americanas depende principalmente dos comentários de Powell, dos próximos lucros do varejo e da evolução futura da política tarifária.

Portanto, agimos com prudência e evitamos riscos desnecessários.

Bons lucros a todos!