Ainda não há otimismo confiante no mercado

SP500

Zona-chave: 6,650 - 6,700

Compra: 6,700 (com fortes fundamentos positivos); alvo 6,850; StopLoss 6,650

Venda: 6,600 (num recuo após um novo teste de 6.650); alvo 6,450-6,400; StopLoss 6,670

Na terça-feira, o mercado de ações recuperou a queda matinal, mas ontem os investidores venderam o rali da manhã.

Na Ásia, os índices subiram impulsionados pela forte temporada de lucros nos EUA e pelo poderoso rali no setor de semicondutores: Nikkei +0,8%, KOSPI +1,8%, Taiwan Weighted +1,4%, ASX +1,1%. O otimismo dos investidores foi sustentado pelos resultados recordes dos fabricantes de microchips e pela expectativa de uma política monetária mais branda. Enquanto isso, o ouro atingiu um novo recorde histórico — US$ 4.241 por onça — refletindo a fuga para ativos de refúgio diante do aumento dos riscos comerciais e das expectativas de corte de juros pelo Fed.

Anteriormente, os investidores reagiram aos relatórios dos bancos, às declarações do Fed e à evolução do conflito comercial entre EUA e China. O Dow Jones subiu 0,44%, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq Composite caíram 0,16% e 0,76%, respectivamente. Durante o pregão, o S&P 500 oscilou entre uma queda de 1,5% e um ganho de 0,39%, refletindo a alta volatilidade do mercado.

Hoje, apesar de outra intervenção verbal de Trump, o mercado permanece calmo, embora o índice VIX tenha subido levemente. Os futuros do S&P 500 tentam compensar a queda de ontem, mas parecem presos na faixa de 6.630–6.680.

O ouro e a prata continuam subindo. Relatos na mídia apontam filas de clientes comuns de bancos comprando ouro físico (em barras) — um sinal claro de pânico.

A maior pressão sobre o sentimento do mercado veio não dos relatórios corporativos regulares, mas das novas sanções da China contra cinco subsidiárias americanas da empresa sul-coreana Hanwha Ocean e da ameaça de Trump de impor um embargo às exportações de óleo vegetal para a China.

As ações em Londres começaram a cair após dados fracos do PIB do Reino Unido. Os investidores aguardam os relatórios trimestrais do Bank of America, Morgan Stanley, Abbott Labs e ASML, que podem definir o tom do mercado nos próximos dias.

O Bitcoin voltou a ficar sob pressão: o preço caiu para US$ 111.000 e os ETFs à vista registraram saídas líquidas de US$ 94 milhões. A atividade de negociação caiu mais de um quarto, indicando cautela por parte dos investidores.

Apesar do pano de fundo negativo e dos padrões “baixistas” nos gráficos, ainda existem alguns gatilhos positivos pendentes:

• A desescalada da guerra comercial EUA-China — pode ocorrer a qualquer momento (basta um tweet de Trump).
• O fim do shutdown — democratas e republicanos podem chegar a um acordo a qualquer momento.
• No mercado cripto, as consequências do flash crash ainda não se dissiparam, a confiança está diminuindo e o capital pode retornar aos ativos tradicionais.

No geral, as notícias geopolíticas e econômicas criaram um cenário complexo para os mercados globais. As ameaças comerciais dos EUA à China, a tensão política na França, a ampla investigação na indústria cripto e a nova previsão do FMI para o crescimento econômico global aumentam a incerteza.

Portanto, agimos com prudência e evitamos riscos desnecessários.

Bons lucros a todos!