Benefício dos Bancos Centrais: apostando nas taxas

Reguladores monetários tomam decisões sobre os juros
EURUSD
Zona-chave: 1.1680 - 1.1750
Compra: 1.1800 (numa base forte e positiva) ; alvo 1.1950-1.2050; StopLoss 1.1730
Venda: 1.1650 (após um novo teste de 1.1750) ; alvo 1.1500-1.1450; StopLoss 1.1720
Todos os principais relatórios econômicos dos EUA, começando pelo NFP de agosto, apontam para a necessidade de o Fed reduzir os juros. As críticas de Trump a Powell parecem justificadas, embora os economistas ainda esperem um aumento da inflação causada pelas tarifas, com pico no fim do ano — sem falar que Donnie planeja elevar novamente tarifas setoriais.
Na terça-feira, serão divulgadas as vendas no varejo de agosto — um argumento sério para o Fed, mas qualquer decisão será difícil para Powell. É quase impossível imaginar uma medida que seja claramente positiva para o mercado de ações.
- Corte de 0,25% com perspectiva de nova redução ainda este ano derrubaria os mercados, pois mostraria a falta de apoio do Fed à economia.
- Corte de 0,50% exigiria sinais de fraqueza no mercado de trabalho e alerta de risco de recessão — neste caso, as bolsas subiriam.
É improvável que Powell se preocupe com o mercado acionário em máximas históricas enquanto não está descartada uma segunda onda inflacionária. Mesmo assim, um corte de 0,50% não pode ser excluído.
Além do Fed, também anunciarão suas decisões o BOC, o BOE e o BOJ.
- Alta probabilidade de o Banco do Canadá cortar 0,25%, mas o relatório de inflação de terça-feira pode ser decisivo.
- O Banco da Inglaterra provavelmente manterá a taxa, mas relatórios de emprego (terça) e inflação (quarta) podem influenciar. A visita de Trump ao Reino Unido chega em momento ruim para Starmer, que acabou de demitir dois altos membros do governo, aumentando dúvidas sobre seu controle no parlamento.
- O Banco do Japão não ajustará sua política em meio à instabilidade política, mas um aumento segue possível após a estabilização. A coletiva do BOJ será crucial.
A reunião do BCE na semana passada foi otimista. Lagarde destacou crescimento interno, estabilidade do mercado de dívida e liquidez, com preocupações apenas sobre o euro forte e os produtos baratos da China. Macron, ao tentar manipular a situação com troca de governo, conseguiu apenas um rebaixamento da nota da França pela Fitch. Os mercados de dívida da UE aguardam reação.
Antes de vender EUR/USD, os grandes players vão querer clareza sobre ritmo e prazos de cortes do Fed.
Portanto, agimos com prudência e evitamos riscos desnecessários.
Bons lucros a todos!