América contra Europa: a batalha tarifária

Trump endureceu as exigências à UE e exige tarifas de 15–20% para qualquer acordo.
#EURUSD
Zona-chave: 1.1500 - 1.1700
Compra: 1.1730 (com base em fundamentos sólidos e positivos); alvo 1.1850-1.1950; StopLoss 1.1650
Venda: 1.1550 (com uma forte quebra de 1,16); alvo 1.1400-1.1350; StopLoss 1.1620
O Comissário Europeu para o Comércio, Maroš Šefčovič, fez uma avaliação sombria na sexta-feira sobre suas recentes negociações em Washington com os embaixadores da UE. O endurecimento da posição dos EUA é mais uma tentativa de testar o limite de resistência da UE após semanas de negociações fracassadas sobre a tarifa de 10% na maioria dos produtos.
A última proposta da UE de reduzir as tarifas sobre automóveis não impressionou Trump — ele quer 25%, conforme o plano original. A administração Trump considera impor uma tarifa recíproca acima de 10%, mesmo que um acordo seja alcançado..
O pessimismo generalizado vem, como de costume, da Alemanha, representada pelo chanceler Merz: Washington continua cético quanto às propostas de redução de tarifas setoriais. Por exemplo, os EUA já impuseram tarifas de 50% sobre aço e alumínio da UE.
Enquanto Trump não reduzir o tom agressivo, a UE não terá chance de alcançar um acordo comercial bem-sucedido com os EUA. Trump pretende eliminar o superávit comercial da UE, o que aumentaria significativamente os riscos de desintegração do bloco.
A semana passada mostrou que Trump não pode demitir Powell, já que a suposta fraude do Fed na reconstrução de edifícios não foi comprovada. No entanto, a decisão do tribunal dos EUA de que a demissão de um comissário da Comissão Federal de Comércio por Trump foi ilegal destrói sua última reserva de autoridade na guerra contra o presidente do Fed. Em 31 de julho, a Suprema Corte dos EUA poderá até anular as tarifas recíprocas de Trump, pois isso é prerrogativa exclusiva do Congresso.
Há pouca liquidez útil nos mercados — toda a liquidez vem da alta das criptos, que estão agora fortemente ligadas ao mercado de ações. Qualquer realização de lucros com o Bitcoin leva à queda das ações, o que pode indicar uma nova “bolha” no mercado de capitais. Uma situação semelhante levou à crise imobiliária de 2008. Mas Trump só reconhece os episódios históricos que lhe agradam.
Neste momento, todas as negociações representam um impacto negativo para o euro. Haja ou não acordo entre a UE e os EUA, a Europa sairá prejudicada. Aliás, a tendência de deslocar a produção da Europa para os EUA está se intensificando. Porém, se houver acordo, poderá haver uma correção de curto prazo para cima no par euro/dólar antes da divulgação dos detalhes — depois disso, com a compreensão dos riscos, o euro retomará a queda.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, visitará a China em 24 de julho para uma reunião de alto nível. Detalhes positivos dessa reunião podem ajudar o euro a manter os níveis atuais — mas não por muito tempo.
Portanto, agimos com prudência e evitamos riscos desnecessários.
Bons lucros a todos!