Trump, o Todo-Poderoso ou a Guerra Continua

O dia 9 de julho foi aguardado com ansiedade por todos — investidores, traders, governos, empresários, analistas políticos e até os curiosos. Trump conseguiu, com dificuldade, assinar apenas um acordo comercial com o Reino Unido e aliviar a guerra comercial com a China. Em seguida, começou a enviar “cartas da felicidade” com os valores das tarifas que os países terão que pagar para acessar o mercado dos EUA a partir de 1º de agosto.
No entanto, não há fuga em pânico dos ativos americanos.
O grande capital prefere aguardar até que a situação fique clara, o que afetou negativamente a liquidez dos mercados. Desde abril, grandes posições de carry trade em iene, franco e euro foram encerradas.
Está claro que, com as tarifas atuais dos EUA e a valorização das moedas nacionais contra o dólar, o declínio econômico na UE, Japão, Canadá, México e outros países levará a políticas monetárias mais flexíveis — e será aí que começará uma nova onda de carry trade.
O mercado ainda espera que a UE, Japão e Canadá assinem acordos comerciais com os EUA antes do prazo de 1º de agosto. Isso seria positivo para o apetite ao risco. As próximas três semanas também determinarão a política do Fed e o destino de Powell.
Existe a possibilidade de que a Suprema Corte dos EUA proíba a aplicação de tarifas “recíprocas” (as audiências começam em 31 de julho, o mesmo prazo de Trump), mas se isso não acontecer — Trump focará em tarifas por setor: aço, alumínio, cobre, carros, produtos farmacêuticos, chips, alimentos etc., e levará essas tarifas ao extremo. Isso criará uma nova realidade de mercado, para a qual ainda não temos defesa.
No outono, começará uma nova campanha eleitoral e Trump corre o risco de perder o controle da Câmara dos Representantes. Portanto, Donnie está correndo para obter ganhos políticos a qualquer custo.
Portanto, agimos com prudência e evitamos riscos desnecessários.
Bons lucros a todos!