Mais petróleo, mas não mais barato

A OPEP+ desacelera o crescimento da produção
#XTIUSD
Zona-chave: 61.50 - 63.50
Compra: 63.50 (com fortes fundamentos positivos); alvo 65.50-66.50; StopLoss 62.80
Venda: 61.50 (após um novo teste de 62,50); alvo 60.00-59.50; StopLoss 62.20
O cartel mantém o controle do mercado: foi tomada a decisão de aumentar as metas de produção em 137 mil barris por dia, o que significa que o corte de 1,65 milhão de barris por dia anunciado no início do ano está adiantado em relação ao cronograma. Vale lembrar: anteriormente a Aliança aumentou as metas de produção em 2,5 milhões de barris por dia no período de abril a setembro.
A correção é explicada pela combinação de demanda estável e déficit moderado de oferta, já que os estoques nas principais economias permanecem em mínimas de vários anos, enquanto o consumo de combustível na Ásia e no Oriente Médio mantém crescimento consistente.
Além disso, ontem foi publicado um cronograma de compensações de cortes de oferta para os membros do cartel que anteriormente haviam excedido seus limites de produção. O cronograma vai até junho de 2026 e prevê cortes mensais entre 190 mil e 829 mil barris por dia para cumprir as metas estabelecidas.
A maior parte desses cortes compensatórios será realizada pelo Cazaquistão, que produz sistematicamente acima do planejado. Entre os membros da OPEP+, apenas a Arábia Saudita e a Argélia não violaram seus limites.
Embora o mercado tenha interpretado a decisão da OPEP+ de forma negativa – como uma prontidão para escalar a guerra por participação de mercado – dificilmente isso provocará uma queda acentuada nos preços. O cenário mais provável para Brent e WTI é de um intervalo lateral amplo entre US$65–70 por barril, já que o aumento moderado da produção é compensado pela forte demanda. Claro, desde que não surjam novos choques geopolíticos ou econômicos de grande escala, nem escaladas nas guerras comerciais.
Por exemplo, a Rússia realizou o ataque aéreo mais agressivo desde o início da guerra na Ucrânia, aumentando a probabilidade de novas sanções dos EUA contra a exportação de energia; isso pode reduzir a oferta e criar um colchão de segurança para preços mais altos. E qualquer novo conflito (como com a Venezuela) também pode sustentar o mercado, ampliando o prêmio de risco geopolítico nos preços.
Ambos os benchmarks começaram a semana com uma pequena correção, mas já voltaram à tendência de queda de médio prazo.
No momento, o WTI está se consolidando na faixa de US$63,00–63,50. Um rompimento acima de US$63,50 abriria caminho para uma alta em direção a US$66–67,50. Um forte suporte está localizado em US$62, e uma demanda mais profunda é provável na região de US$60,50.
Portanto, agimos com prudência e evitamos riscos desnecessários.
Bons lucros a todos!