Cúpula UE–China: ninguém espera positividade

Não haverá vencedores no debate Europa–Ásia

#NIKK225

Zona-chave: 40,700 -42,000

Compra: 42,000 (após uma correção para 40,700); alvo 43,500; StopLoss 41,300

Venda: 40,500 (numa forte base negativa); alvo 39,000; StopLoss 41,000

As expectativas para a cúpula são mínimas — diplomatas consideram uma vitória apenas o fato de o encontro ocorrer. Trump mergulhou o mundo em tanto caos que Bruxelas e Pequim, historicamente em conflito, começaram a explorar uma aliança comercial contra os EUA. Mas as divergências fundamentais persistem.

Desde a pandemia da COVID-19, as relações entre a UE e a China foram prejudicadas por uma série de disputas, desde ciberataques e violações de direitos humanos até a parceria “multilateral” de Pequim com Moscou e o desequilíbrio comercial.

O déficit comercial UE–China ultrapassou €300 bilhões no ano passado; em 2025, esse número pode dobrar ou triplicar devido à fraca demanda dos consumidores chineses e às tarifas de Trump.

Por exemplo, a decisão de Pequim de restringir a exportação de metais raros causou grande preocupação na indústria europeia e reações negativas da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

No último ano, a UE abriu mais de 25 investigações sobre comércio com a China. Na semana passada, dois bancos chineses foram incluídos na lista negra, provocando fúria em Pequim.

O aumento de 8,2% nas exportações chinesas para a UE em abril se deve ao redirecionamento de produtos originalmente destinados aos EUA, com o objetivo de evitar tarifas de importação impostas por Trump. Esse mecanismo dificilmente representa uma parceria mutuamente benéfica.

Ao mesmo tempo, ambas as partes não querem desestabilizar a situação.

A UE espera que a China entenda corretamente as consequências da agressão tarifária de Trump e ajude a Europa a defender os interesses comuns. Pequim está absolutamente confiante de que o tempo está ao seu favor e não fornecerá garantias políticas ou econômicas.

O único resultado possível para von der Leyen e o presidente do Conselho Europeu, António Costa, é uma declaração conjunta sobre ações climáticas antes da conferência climática da ONU no final do ano. Concessões substanciais em outras áreas são improváveis.

O acordo inesperado com os EUA sacudiu o mercado acionário japonês. Imediatamente após o anúncio, ações de montadoras lideraram os ganhos com a redução de tarifas americanas. Mas a alta especulativa dos índices não deve iludir: ainda não há fundamentos para um crescimento sustentável nos mercados asiáticos. Espera-se uma correção forte e, até que isso ocorra, novos fatores fundamentais podem surgir e será necessário revisar toda a análise técnica.

Portanto, agimos com prudência e evitamos riscos desnecessários.

Bons lucros a todos!