Missão cumprida: o Japão capitulou

#GBPJPY

Zona-chave: 197.50 -199.00

Compra: 199.50 (numa base forte e positiva); alvo 201.50-202.00; StopLoss 198.80

Venda: 197.00 (numa forte quebra de 197,50); alvo 195.50-194.50; StopLoss 197.70

A maioria das moedas asiáticas está se fortalecendo diante da fraqueza do dólar, após a declaração de Trump sobre o fim das negociações tarifárias. No entanto, os investidores no Japão estão focados na incerteza política após a derrota da coalizão governista nas eleições para a câmara alta e o aumento das especulações sobre a renúncia do primeiro-ministro Shigeru Ishiba. Esse tema continua sendo prioritário.

Washington e Tóquio assinaram um amplo acordo comercial que inclui tarifa de 15% sobre todos os produtos japoneses importados (Trump queria mais de 25%), mas não se deve considerar isso um fato positivo.

Segundo os termos do acordo, Trump garantiu investimentos japoneses em larga escala no valor de US$550 bilhões na economia americana, mas não deu detalhes — quem investirá, sob qual estrutura e por quanto tempo. De qualquer forma, os mercados japoneses estão se abrindo para exportações dos EUA, incluindo automóveis, produtos agrícolas e de energia. Estima-se a criação de “centenas de milhares de empregos” (Trump), mas Tóquio ainda não confirma isso.

Os detalhes do acordo não estão disponíveis publicamente.

Ainda não está claro se o Japão obterá isenção da tarifa de 25% atualmente aplicada às importações de automóveis e peças nos EUA. O setor automotivo é essencial na economia japonesa e representa a maior parte dos US$63 bilhões de superávit comercial com os EUA. O principal negociador Ryosei Akazawa realizou oito rodadas de negociação com o secretário de comércio dos EUA Luttick, tentando garantir tais benefícios, mas aparentemente sem sucesso.

Também não está clara a situação da isenção do Japão da tarifa americana de 50% sobre aço e alumínio.

P.S. Tarifas de 15%, investimentos e compras obrigatórias de produtos dos EUA — parece simples extorsão financeira. Tóquio está pagando tributo aos EUA apenas por acesso ao mercado americano e (possivelmente!) por participação na OTAN. Ainda assim, se esses 15% eliminarem todas as tarifas cruzadas atuais e futuras entre setores, pode até ser vantajoso.

Claro, sempre há pontos nos acordos que não são discutidos publicamente, como regulação cambial, tarifas sobre produtos da China, etc. Mas uma coisa é certa — o iene vai sofrer.

Por enquanto, a moeda japonesa está se movimentando de forma mais estável nos cruzamentos cambiais, especialmente porque o euro e a libra esterlina também estão sob pressão.

Portanto, agimos com prudência e evitamos riscos desnecessários.

Bons lucros a todos!