Ouro busca motivo para otimismo

O ouro subiu em seis dos últimos sete trimestres, rendendo mais de 75% nesse período. Depois disso, todos os ativos ligados ao ouro entraram em consolidação – os investidores adotaram outros instrumentos de hedge, como cripto. Parece que o mercado superestimou os riscos de uma guerra tarifária em larga escala.
Manipulações políticas, conflitos militares não resolvidos e ações fracas estão novamente elevando o apetite por ativos seguros. O ouro está menos ativo que seu homólogo (prata), mas continua a receber suporte em correções e gradualmente acumula interesse em novas compras – os dados de inflação dos EUA podem definir a direção até 1º de agosto.
As "cartas de Trump" sobre tarifas de 30% para a UE e México pouco empolgaram os compradores de ouro – o mercado as considera "ruído branco", assim como o burburinho em torno do presidente do Fed. Já o movimento de capital do USD para o ouro está ganhando força diante da desaceleração do PIB dos EUA e dos comentários de Powell sobre chance de corte de juros em 2025 em cenário de inflação reduzida.
À medida que 1º de agosto se aproxima, sem avanços nos diálogos comerciais, o pânico pode aumentar – facilitando a trajetória do ouro para novas máximas.
O trend de médio prazo segue claramente altista. Mas se os dados de varejo ou CPI superarem expectativas, podemos ver nova força no dólar e nos rendimentos dos títulos, pressionando o preço do ouro.
Um rompimento firme da zona dos $3.400 seria um forte sinal de compra, mas antes do nível psicológico de $3.500 há grandes ordens de venda pendentes, então a correção é inevitável. Ainda assim, quedas de curto prazo devem ser vistas como retrações dentro de uma tendência altista mais ampla.
Os ursos podem tentar romper a faixa dos $3.300–3.250; se isso ocorrer, o alvo de $3.000 volta ao radar. Será difícil recuperar desse nível sem fundamentos fortes.
Portanto, agimos com prudência e evitamos riscos desnecessários.
Bons lucros a todos!